Terça-feira, Julho 22, 2025

Crime bárbaro: adolescentes confessam assassinato e esquartejamento de Nicolly Pogere em caso que choca o país

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Rafael Arcuri
Rafael Arcuri
Rafael é o fundador e responsável pelo Jornal Fala São João, presente desde sua criação em 2012. Com uma atuação destacada no jornalismo, Rafael já publicou mais de 6.000 artigos, cobrindo uma ampla gama de assuntos, como notícias de última hora, ocorrências policiais e análises políticas, sempre comprometido em informar e conectar a comunidade de São João da Boa Vista e região.

Hortolândia (SP) — A Polícia Civil de São Paulo investiga com prioridade máxima o assassinato brutal da adolescente Nicolly Fernanda Pogere, de 15 anos, cujo corpo foi encontrado esquartejado em uma lagoa no município de Hortolândia, interior paulista. O caso chocou o Brasil pelo nível de violência e envolvimento de dois adolescentes, além da suspeita de participação de facção criminosa.

Segundo a investigação, Nicolly foi morta pelo ex-namorado, de 17 anos, e pela atual namorada dele, de apenas 14 anos. Ambos foram apreendidos no último domingo (20), em Cornélio Procópio, no Paraná, após uma operação conjunta entre as polícias civis dos dois estados.

Detalhes chocantes do crime

A jovem, que passava férias na casa do avô, desapareceu no início da semana. Dias depois, seu corpo foi encontrado com trauma cranioencefálico, diversas perfurações por arma branca, mutilações abdominais e parcialmente esquartejado. Nas costas da vítima, os investigadores identificaram a marca da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), o que levanta a ‘suspeita’ de ligação com o crime organizado.

Os autores tentaram ocultar o corpo, enrolando-o em lençóis e lona, com pedras amarradas, na tentativa de manter o cadáver submerso. A descoberta de vestígios de sangue na casa do ex-namorado reforçou a suspeita sobre os adolescentes.

Confissão e internação dos menores

Após serem apreendidos, os dois confessaram o crime em depoimento detalhado, sem demonstrar arrependimento. Ambos tiveram a internação provisória decretada pela Justiça e foram encaminhados à Fundação Casa Andorinhas, em Campinas (SP).

A polícia também apura a participação da avó materna de um dos suspeitos, que teria ajudado o casal na fuga e na tentativa de ocultar o crime. A mulher pode responder por cumplicidade e favorecimento pessoal.

Polícia investiga envolvimento de facção criminosa

O caso segue sob investigação intensa. A principal linha de apuração da Polícia Civil aponta motivação passional combinada com ‘possível influência de facção criminosa’. Os próximos passos envolvem a análise de celulares, conversas em redes sociais e perícias complementares para identificar outros possíveis envolvidos.

Este é mais um episódio alarmante que levanta o debate sobre a violência juvenil, a influência de organizações criminosas sobre adolescentes e os limites da responsabilização penal para menores infratores.

A população de Hortolândia e toda a região segue em choque diante da brutalidade do crime. A família de Nicolly clama por justiça.

Vamos levantar essa questão, pois ela toca em um ponto sensível e muitas vezes mal compreendido sobre a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC). De fato, o PCC possui um “código de conduta interno” que, ao menos em teoria, proíbe a prática de crimes contra mulheres, crianças e pessoas inocentes, inclusive punindo com a morte membros que desrespeitam essas diretrizes.

No entanto, é importante fazer algumas observações críticas:

  1. Esse “código” não é absoluto nem seguido à risca. Existem vários casos documentados em que crianças foram vítimas de execuções, tiroteios ou vinganças, muitas vezes em contexto de guerra entre facções ou disputas locais. Nestes casos, o PCC pode alegar que não foi “autorizado” oficialmente ou que foi “ação isolada”, mas o resultado é o mesmo: mortes brutais, inclusive de menores.
  2. Nem todo crime cometido por membros ou simpatizantes do PCC passa por autorização da cúpula. Muitos homicídios ocorrem por impulso, conflitos pessoais, rivalidades locais ou desobediência interna.
  3. A ideia de que o PCC “não mata criança” pode ser usada como discurso estratégico, tanto para manter apoio de comunidades quanto para tentar construir uma imagem mais “disciplinada” e “racional” da facção. Isso é útil tanto para controle social quanto para negociações indiretas com o sistema prisional e o poder público.
  4. Casos recentes, como o da adolescente Nicolly Fernanda Pogere (citada em matérias anteriores), não têm relação direta conhecida com o PCC, mas o senso comum às vezes tenta atribuir ou desassociar crimes de acordo com a “ética do crime” estabelecida por facções.

Resumindo:

Não é verdade que o PCC “autoriza” assassinatos de crianças como política, mas também não é verdade que isso nunca aconteça. Crimes contra menores podem ocorrer por diversos motivos, mesmo em territórios sob domínio da facção — e muitas vezes são tratados como “desvio de conduta” ou encobertos.

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