Sábado, Dezembro 7, 2024

Estudo revela os riscos do mau uso das máscaras, os erros mais comuns e como evitá-los

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Rafael Arcuri
Rafael Arcuri
Rafael é o fundador e responsável pelo Jornal Fala São João, presente desde sua criação em 2012. Com uma atuação destacada no jornalismo, Rafael já publicou mais de 6.000 artigos, cobrindo uma ampla gama de assuntos, como notícias de última hora, ocorrências policiais e análises políticas, sempre comprometido em informar e conectar a comunidade de São João da Boa Vista e região.

Usadas desde o início da pandemia para evitar a disseminação do novo coronavírus, as máscaras de proteção passaram a ser item indispensável no combate à doença. Porém, nem sempre a população vem utilizando o acessório corretamente. Um estudo do University College London, feito por epidemiologistas e publicado recentemente no periódico British Medial Journal (BMJ), mostra os riscos do mau uso do equipamento de proteção.

Segundo os especialistas, quem utiliza a máscara de forma errada, normalmente está com a sensação de falsa segurança, simplesmente pelo indivíduo estar com o acessório no rosto. E mesmo por estar com o item, essa pessoa acaba se descuidando de outras medidas que também são importantes para a prevenção, como manter o distanciamento social e fazer a higiene das mãos constantemente.

Máscaras no queixo, com o nariz de fora, toques frequentes no rosto, tirar o item ao falar no celular ou para escutar melhor outras pessoas falando são alguns dos erros indicados pelos epidemiologistas no estudo.

Confira os 10 erros mais comuns

  • Tocar ou coçar o rosto enquanto está com a máscara: Segundo os especialistas, esse é um erro bastante comum. Não é recomendado mexer no acessório enquanto estiver utilizando. A mão pode estar contaminada e, quando ela é levada ao rosto, pode ser uma carona para o vírus. Além disso, a máscara também pode contaminar as mãos.
  • Ajeitar a posição da máscara tocando no tecido e sem lavar as mãos antes: A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o próprio Ministério da Saúde já disseram que é para evitar qualquer tipo de contato com a máscara. Mas, se for preciso ajeitá-la, o ideal é lavar as mãos com água e sabão ou álcool gel antes de encostar. Porém, é necessário sempre retirá-la ou colocá-la pelos elásticos.
  • Colocar a máscara no queixo: Segundo os especialistas, deixar o acessório preso no queixo pode trazer grandes riscos, já que a parte do corpo pode estar contaminada, assim como as roupas. E quando o equipamento de proteção volta para o rosto, leva o vírus junto, ainda mais se a pessoa não fez a higiene das mãos corretamente quando tirou e colocou de volta o item.

Além disso, os epidemiologistas dizem que se for necessário tirá-las por apenas alguns instantes, é mais seguro deixá-las na lateral do rosto, penduradas nas orelhas.

  • Quando deixam os óculos embaçados: Isso significa que as máscaras não estão bem acomodadas no rosto ou, então, tem um tamanho inadequado. O ar pode estar escapando pela parte de cima e isso favorece a contaminação. O estudo ainda diz que esse escape gera impulso direto de tocar nos olhos. O ideal é utilizar o acessório que tem uma estrutura que encaixa no nariz.
  • Ficar muito tempo com a mesma máscara: A OMS já frisou a importância da troca das máscaras a cada duas ou três horas ou quando estiverem úmidas. Isso evita o contágio e ajuda no combate a Covid-19, já que o tecido umedecido deixa o vírus ativo por mais tempo. Caso o novo coronavírus esteja no organismo, expelir e inalar leva a um aumento da carga viral, podendo progredir a doença.
  • Guardar a máscara suja na bolsa ou bolso: Se a máscara estiver contaminada com a Covid-19 e for guardada de forma errada, pode espalhar o vírus para outros acessórios e superfícies. A recomendação é levar um saquinho para guardar a que estiver suja, além de deixá-la em outro saquinho quando estiverem limpas.
  • Fazer um X com os elásticos: Muitas pessoas cruzam os elásticos da máscara formando um X na cabeça. Porém o estudo diz que, nessa posição, o tecido pode dobrar e, com isso, formar uma abertura na lateral do rosto, por onde o coronavírus pode escapar. Caso o elástico estiver largo, a recomendação é dar um nozinho ou então descartar a máscara e pegar uma nova.
  • Usar bandanas ou cachecol como máscara: Ainda não há comprovação científica sobre a eficácia do uso das bandadas e dos cachecóis para cobrir a boca e o nariz. O material tende a ficar largo e abre espaço para o ar entrar, fazendo com que a pessoas possa disseminar a doença.
  • Deixar o nariz fora da máscara: O nariz é uma das principais portas de entrada do vírus no organismo. Então, deixá-lo de fora, segundo o estudo, não faz sentido. O tecido da máscara deve ser bem ajustado no início da cavidade nasal e bem próximo aos olhos. A ponta do nariz também não pode ficar amostra.
  • Compartilhar máscaras: O acessório é de uso individual, não podendo ser compartilhado. A OMS, o Ministério da Saúde e agora o estudo britânico reforçam que, mesmo sem sintomas, a pessoa pode estar com o vírus no corpo e, se dividir a máscara, o risco de infecção cresce ainda mais.

Seja consciente, use máscara! Eu te protejo, você me protege!

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