É típico do brasileiro: nem bem confirmou-se o breu mundial com a queda simultânea do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, a web coalhou-se de memes satirizando a tragédia. Talvez o mais inspirado deles tenha sido o hilário “Foi mal, galera, tropecei nos fio aqui… kkkkk”. Uma piada engraçadíssima, justamente por fazer o extremo da tecnologia da informação despencar para o cúmulo da gambiarra.
Passados tanto o susto quanto as gargalhadas alimentadas pelo blecaute, o quase imberbe Mark anunciou publicamente a caça aos culpados, na tentativa de minimizar a queima de filme e o esfarelamento de seu império nas bolsas de valores.
As investigações internas apontaram como culpado um tal de Benjamim, mais conhecido nos domínios corporativos de Mark Zuckerberg como “Tê”. O que a princípio poderia sugerir um funcionário, trata-se na verdade de uma novidade tecnológica absolutamente disruptiva, mantida em sigilo pela gigante californiana até o fatídico apagão do dia quatro de outubro.
A ideia, considerada por analistas do mundo todo como a mais ousada e inovadora desde que o Windows tomou de assalto as telas de fósforo verde, propunha a revolucionária junção das três empresas em um único polo gerador de energia, capaz de abastecer com inacreditáveis 12 volts cada um dos servidores das gigantescas megaredes sociais administradas pelo conglomerado Facebook Inc. Um superaquecimento, ao que tudo indica, foi a causa das seis horas de inatividade que abalaram o mundo e seus mercados. Mas que a pré-histórica versão do tropeço no fio é divertida, lá isso é.
Esta é uma obra de ficção.
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