A Polícia Militar de Águas da Prata realizou na tarde desta quinta-feira (28) uma operação delicada e decisiva para salvar a vida de uma mulher que tentava se jogar do Viaduto Hélio Correia da Fonseca, localizado sobre a movimentada rodovia que interliga a cidade a São João da Boa Vista. A ação reforça a importância do atendimento imediato em situações de crise emocional, que têm crescido em número e gravidade, mobilizando equipes de segurança e saúde em toda a região.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, os cabos PM Gilson e PM Janderson foram acionados após populares presenciarem a cena e acionarem a polícia com denúncia urgente. A mulher estava na parte externa da grade de proteção do viaduto, sustentando-se com apenas uma das mãos — cenário crítico que exigiu resposta rápida, comunicação estratégica e intervenção altamente qualificada.
Com a área já apresentando fluxo intenso de veículos, risco iminente de queda e grande tensão emocional, os policiais iniciaram uma abordagem especializada de negociação e acolhimento, utilizando técnicas específicas de manejo de crise, diálogo empático e preservação de vida. Cada palavra e cada movimento foram feitos com extrema cautela para evitar qualquer estímulo que agravasse a situação.
A equipe conseguiu estabelecer um vínculo de confiança com a vítima, conduzindo uma conversa baseada em sensibilidade humana e apoio emocional. Após longos minutos de diálogo, a mulher estendeu a mão ao policial, gesto que simbolizou a rendição ao desespero e a aceitação da ajuda. Os PMs, inclusive, precisaram se posicionar junto à vítima na área externa da estrutura para garantir o resgate seguro.
O reforço chegou com o CGP — 1º Sgt PM Alexsandro e o SD PM Santos Souza, responsáveis por isolar a área, coordenar o fluxo e acionar suporte adicional do Corpo de Bombeiros. O trabalho conjunto garantiu a segurança de todos os envolvidos e evitou um desfecho trágico.
A vítima recebeu acolhimento inicial no local e foi encaminhada posteriormente à UPA, onde passou por avaliação médica e psicológica especializada. A atuação rápida e precisa das forças de segurança foi decisiva para preservar uma vida e demonstrar o compromisso diário da corporação com o bem-estar da população.
O caso também reforça a necessidade de fortalecer políticas públicas de saúde mental, apoio psicossocial e redes de proteção — temas cada vez mais presentes no debate sobre segurança pública, qualidade de vida e prevenção ao suicídio em todo o país.
