Sábado, Dezembro 7, 2024

Dados do Caged reforçam sazonalidade da região, diz diretor do CIESP São João

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Rafael Arcuri
Rafael Arcuri
Rafael é o fundador e responsável pelo Jornal Fala São João, presente desde sua criação em 2012. Com uma atuação destacada no jornalismo, Rafael já publicou mais de 6.000 artigos, cobrindo uma ampla gama de assuntos, como notícias de última hora, ocorrências policiais e análises políticas, sempre comprometido em informar e conectar a comunidade de São João da Boa Vista e região.

Sete municípios abriram, juntos, 2.038 postos de trabalho;
Agronegócio foi o responsável pelo maior número de empregos.

São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, Mococa, Espírito Santo do Pinhal, Vargem Grande do Sul, Casa Branca e Aguaí geraram, juntas, 2.038 empregos formais em maio. O número, que supera os quatro primeiros meses do ano, foi puxado pelo setor do agronegócio. Para o vice- diretor do CIESP São João, os dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) só reforçam a sazonalidade da região.

Entrevistado: Adriano Alvarez

“O agro é muito forte nas cidades da nossa região e isso reflete diretamente na geração de empregos, tanto que o setor foi responsável por elevar os números em cinco das sete cidades. Contudo, essa sazonalidade também revela uma instabilidade. Isso porque, se olharmos para a criação de postos de trabalho nos dois últimos anos, veremos que a tendência no segundo semestre é de demissões”, analisa Adriano Fontão Alvarez.

O saldo de maio considera 5.700 admissões contra 3.140 desligamentos nos sete municípios. Foi o melhor mês do ano na região, que só registrou dados parecidos em julho de 2023, com saldo de 2.100 contratações, e julho de 2022, com saldo de 2.700 empregos.

“Num resumo mais global, podemos perceber que por mais que o Brasil tenha suas dificuldades, as contratações demonstram que os mercados onde as empresas brasileiras estão inseridas, reconhecem a competitividade da nossa região. Por isso, quando o agro está numa época produtiva, o escoamento da produção é grande e amplia as contratações, “destaca.

Segundo Alvarez, a instabilidade gerada pela sazonalidade não deve ser um motivo de extrema preocupação. “Sabemos que ao olhar para o contexto, as demissões preocupam, mas o Brasil ainda tem uma economia estruturada; o que precisamos agora é de um apoio do Governo Federal para não atrapalhar o bom trabalho que as gestões municipais e estaduais vêm fazendo”, finaliza.

Cidades
Pela quarta vez no ano, São José do Rio Pardo liderou o ranking da geração de empregos na região, elevando exponencialmente o número de contratações. O saldo foi a abertura de 1.076 postos de trabalho só em maio. O resultado veio do agronegócio, que contratou 1.060 profissionais com carteira assinada; o setor também puxou as contratações de fevereiro a abril. Janeiro ficou a cargo da indústria, que gerou na cidade 235 empregos.

Em seguida, veio São João da Boa Vista, que recuperou o fôlego e abriu 363 vagas em maio. A cidade deu um salto em relação aos dois meses anteriores, quando registrou a abertura de 56 postos de trabalho e o fechamento de 275, respectivamente em abril e março. A agropecuária também foi o setor responsável pela alta de maio.

Mococa não ficou distante e gerou 344 empregos em maio, sobretudo no agro. Este é o terceiro mês que o município tem saldo positivo na geração de empregos, após iniciar o ano com dois meses consecutivos registrando mais demissões do que contratações.

Na sequência veio Espírito Santo do Pinhal, onde o saldo foi de 95 empregos em maio. O agronegócio também roubou a cena neste mês e foi o responsável pelo número. Até então, os setores de serviço e industrial estavam puxando os números de contrações e/ou demissões na cidade.

Em Aguaí a indústria despontou puxando os números para cima. A cidade contratou mais do que demitiu e o saldo foi 80 postos de trabalho. Em Casa Branca, o agro também foi o responsável pelo saldo positivo, com a geração de 54 empregos em maio.

Por fim, Vargem Grande do Sul abriu 26 postos de trabalho, com saldo puxado pelo setor de serviços. A cidade, que vinha sendo ‘liderada’ pelo agronegócio nos últimos dois meses, tem registrado saldo positivo desde o início do ano.

Maio foi o primeiro mês do ano em que todas as cidades consideradas neste balanço tiveram saldo positivo. Os dados do Caged são coletados junto às empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, isto é, não incluem os trabalhos informais.
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