São João da Boa Vista, terça-feira, 13 – Uma nova tragédia levanta sérias preocupações sobre o atendimento médico de urgência em São João da Boa Vista. O aposentado Benedito Martins, de 73 anos, faleceu em casa após ter sido liberado da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mesmo apresentando sintomas graves, como falta de ar e glicemia elevada.
Segundo familiares, Benedito procurou atendimento na UPA no último domingo, queixando-se de intensa dificuldade para respirar. Após exames, foi diagnosticado com pneumonia e constatou-se que sua taxa de glicemia estava acima de 500, um valor extremamente preocupante. Apesar da gravidade do quadro clínico, o paciente foi apenas colocado no oxigênio temporariamente e, em seguida, liberado pela equipe médica.
Ainda no momento da alta, Benedito continuava reclamando de falta de ar. Na manhã desta terça-feira (13), ele não resistiu e faleceu em sua residência.
Falta de encaminhamento para internações revolta familiares
A família também denuncia que não houve qualquer encaminhamento para internação hospitalar, mesmo diante de um quadro de pneumonia grave e diabetes descompensada, o que seria o mínimo esperado para garantir a segurança do paciente. A ausência de encaminhamentos médicos adequados reforça a sensação de descaso e aumenta a revolta da população com o sistema de saúde pública.
O caso reacende o debate sobre a qualidade do atendimento emergencial nas UPAs, o preparo da equipe médica diante de situações críticas e a real disponibilidade de vagas para internações nos hospitais da região.
Saúde pública em alerta: quando procurar ajuda?
A morte de Benedito Martins levanta questões importantes sobre atendimento médico emergencial, diagnóstico de doenças respiratórias, encaminhamento hospitalar em casos graves, e o controle da diabetes em idosos – temas altamente buscados na internet e de grande relevância para a população. É fundamental que pacientes com sintomas respiratórios graves, como falta de ar, ou com níveis perigosos de glicemia, recebam atendimento contínuo, monitoramento rigoroso e, quando necessário, internação hospitalar imediata.
Direito à vida e atendimento digno
Especialistas em direito médico apontam que liberar um paciente em condições críticas pode configurar negligência. A família de Benedito avalia entrar com ação judicial por erro médico ou omissão de socorro.
A prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso. Moradores cobram transparência e medidas concretas para evitar novas perdas.