Agronegócio, águas e turismo são as riquezas que brotam da terra
Com pouco mais de 8 mil habitantes, Águas da Prata está situada no sopé da Serra da Mantiqueira. Como em outras cidades paulistas, o município apresenta diversos pontos positivos e alguns desafios a vencer, diagnosticados pelo estudo “A Estrada para Crescer” – parceria da agência Virtù com a organização suprapartidária CLP – Liderança Pública, com o apoio do Grupo CCR. A região é um lugar perfeito para aproveitar o turismo ecológico e os esportes radicais praticados na natureza. A cidade, conhecida como “a rainha das águas”, recebe cerca de 100 turistas por fim de semana, o que representa perto de 2% da população. Se a capital paulista recebesse a mesma proporção de turistas de Águas da Prata, a cada final de semana seriam mais de 100 mil visitantes.
Águas da Prata não é um dos principais polos econômicos, entre as 10 cidades que compõem o estudo. Prata e Louveira, que também fez parte do levantamento, não estão contempladas no ranking original da pesquisa, por terem população menor que 80 mil habitantes. Sendo assim, foram realizados novos estudos nas duas cidades, comparando os resultados com os do Ranking de Competitividade.
Na região é possível passar o dia contemplando a natureza e tirar proveito dela. Quem passa por Águas da Prata pode desfrutar de uma agradável visita às antigas fazendas de café e de criação de búfalos – onde se pode comprar laticínios – até se banhar na Cachoeira das Sete Quedas, praticar alpinismo na Pedra do Boi, contemplar a vista do Mirante do Cristo, voar de parapente no Pico do Gavião e beber as águas medicinais diretamente da fonte. É, de fato, um lugar onde a natureza cumpre um importante papel. O verde da cidade, a produção da agropecuária e os poderes das fontes naturais atraem turistas de todos cantos. Por isso, a preservação ambiental é levada a sério pelos pratenses. Em 2018, Águas da Prata ficou em 13ª no ranking do Programa Município VerdeAzul (2018), elaborado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo.
Com foco na sustentabilidade, a prefeitura inaugurou em 2021 o mais novo Centro de Educação Ambiental de Águas da Prata, destinado a realização de eventos e iniciativas ligadas à preservação do meio ambiente, com alunos da rede de ensino municipal e com diversos grupos da sociedade civil. Outra iniciativa bem-sucedida foi a instalação de 100% da iluminação pública com lâmpadas de LED. Além de aumentarem a claridade e, consequentemente, a segurança das ruas, elas apresentam um tempo de vida útil maior e contribuem para reduzir a produção de lixo e o desperdício.
Os recursos que a natureza oferece são condutores da economia local. O setor agropecuário é uma fonte de riqueza para região, indicando que a produção no campo pode caminhar lado a lado com a preservação do meio ambiente. Atualmente, Águas da Prata é a sexta maior produtora de azeitona de São Paulo e 31ª do Brasil; a 49ª maior produtora de café do Estado e 370ª do país; e conta com mais de 10 mil cabeças de gado.
Como o próprio nome do município sugere, a indústria de engarrafamento de água é outro setor que ajuda a movimentar a economia da cidade, que possui um PIB de 170 milhões de reais, composto em 81% pelo setor de serviços, 13% pelo industrial e 6% oriundos da agropecuária. Nas últimas duas décadas, Águas da Prata apresentou um crescimento de 4,8% ao ano.
Mas não são apenas as atrações naturais que dão orgulho aos pratenses. A cidade também apresenta bons desempenhos na educação. Para mencionar alguns exemplos, 62% das crianças, de 0 a 5 anos, estão na escola, acima da média nacional do Ranking do CLP, que é de 50%. Se Águas da Prata for comparada ao Ranking do CLP, estaria na 45ª posição entre os 95 municípios paulistas e na 84ª posição entre os 405 brasileiros. Além disso, o município alcançou a nota 6,6 no IDEB dos anos iniciais do Ensino Fundamental, enquanto a média nacional foi de 5,9. Nesse indicador, a cidade ocuparia a 45ª colocação entre os municípios de SP, e a 80º colocação no Brasil.
Para avançar na área educacional, no início de 2021 a prefeitura do município assinou um convênio para a implantação do Sistema Sesi-SP de Ensino. Com isso, mais de 600 alunos e 40 professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental serão beneficiados pelo material e pela equipe de assessoramento do Sesi.
Desafios
Todas essas atividades econômicas são beneficiadas por uma boa malha viária. É por meio da rodovia Governador Adhemar Pereira de Barros, a SP-342, que passam a produção agropecuária e industrial, assim como os turistas que se destinam à cidade para desfrutar das belezas naturais.
Mas, há gargalos que precisam ser vencidos na infraestrutura viária.
A rodovia também é responsável por um dos principais problemas enfrentados pelos pratenses. A estrada corta o centro urbano, onde estão localizados imóveis comerciais e residenciais. Caminhões e demais automóveis que passam pela rodovia, mas não se destinam à cidade, dividem espaço com o trânsito local, dificultando a mobilidade de moradores e turistas.
Como forma de solucionar o problema, a concessionária CCR planeja investir 170 milhões de reais para construir um anel viário que deve contornar a cidade. Investimento que ainda deve gerar 4 mil empregos (o equivalente à metade da população pratense).
Já na saúde, a pandemia do novo coronavírus tem gerado grandes desafios. Até a primeira metade de 2021 foram registrados mais de 20 óbitos na cidade. No final de março, com o aumento do número de casos, que subiu 64% em 30 dias, os pratenses fizeram uma barreira sanitária para orientar os visitantes. Para superar os obstáculos impostos pelo vírus, que vem atingindo os lugares turísticos de maneira especial, Águas da Prata demanda pela vacinação, que está em bom ritmo, se comparado ao contexto nacional. Até a metade de junho, mais de 39% da população já havia sido vacinada com ao menos a primeira dose.
No site do estudo é possível acompanhar qual é a porcentagem da população já vacinada contra a COVID-19, com atualização diária. Assim como a estimativa de quando a campanha deve se encerrar em cada cidade, se o ritmo seguir como o atual.
Outro obstáculo que preocupa os habitantes da região é a baixa distribuição de renda. O PIB per capita, segundo o ranking CLP é de cerca de R$ 20 mil (2018), contra média nacional de R$ 23 mil. Neste quesito, a cidade ocupa a 88ª colocação em São Paulo e 288ª no Brasil.
Com a riqueza que brota da terra, Águas da Prata tem potencial para aumentar a produção agropecuária e industrial. Além de atrair ainda mais turistas para a região.
Águas da Prata foi a décima e última cidade percorrida pela parceria Virtù e CLP. O estudo passou por Barueri, Osasco, Sorocaba, Tatuí, Avaré, Itapeva, Campinas e Louveira e Bragança Paulista. Os diagnósticos completos podem ser acompanhados no site do estudo.
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