Terça-feira, Agosto 19, 2025

Falecimento de servidora levanta questionamentos sobre atendimento na UPA de São João da Boa Vista

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Rafael Arcuri
Rafael Arcuri
Rafael é o fundador e responsável pelo Jornal Fala São João, presente desde sua criação em 2012. Com uma atuação destacada no jornalismo, Rafael já publicou mais de 6.000 artigos, cobrindo uma ampla gama de assuntos, como notícias de última hora, ocorrências policiais e análises políticas, sempre comprometido em informar e conectar a comunidade de São João da Boa Vista e região.

A saúde pública em São João da Boa Vista enfrenta um momento delicado. Relatos de insatisfação da população quanto ao atendimento médico têm se intensificado, especialmente em relação à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Desde o início de 2025, seis pessoas — entre elas duas crianças — faleceram durante ou após atendimento no local, levantando dúvidas sobre diagnósticos e condutas adotadas.

O caso mais recente envolve a servidora pública municipal Valéria Martins do Vale Riquena, de 51 anos. Segundo informações, ela buscou atendimento na UPA em diferentes ocasiões, relatando dores intensas. Contudo, recebeu diagnóstico de ansiedade e chegou a ser encaminhada para atendimento no Caps (Centro de Atenção Psicossocial).

Posteriormente, descobriu-se que Valéria sofria de trombose da artéria mesentérica, condição grave que evoluiu para choque séptico. Diagnosticada a tempo, a doença poderia ter sido tratada com chances de recuperação. A paciente foi transferida para a Santa Casa Dona Carolina Malheiros, mas faleceu na última terça-feira (12). O caso repercutiu nas redes sociais e causou comoção entre familiares, amigos e servidores.

Posicionamento oficial

Em nota, a Prefeitura de São João da Boa Vista lamentou o falecimento da servidora e reforçou que a responsabilidade por diagnósticos e condutas médicas cabe exclusivamente aos profissionais de saúde e ao diretor-técnico da UPA. A administração destacou ainda que qualquer alegação de erro deve ser analisada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), órgão competente para avaliar condutas médicas.

O prefeito Vanderlei Borges de Carvalho (PSD) comentou que a principal dificuldade enfrentada pela saúde municipal é de ordem financeira, reflexo de gestões anteriores e de problemas envolvendo Organizações Sociais (OSs). Ele destacou que está em andamento a transição da gestão da UPA para o Conderg (Consórcio de Desenvolvimento Regional), processo que, segundo ele, será feito de forma gradual para garantir a continuidade dos serviços.

Vanderlei afirmou ainda que a administração municipal “está fazendo o máximo possível dentro da legalidade para assegurar melhorias no atendimento à população”.

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