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Vida de Pagu estará nos palcos da Oficina Cultural Oswald de Andrade

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Diretor Roberto Lage leva vida de Pagu aos palcos da Oficina Cultural Oswald de Andrade no centenário da Semana de Arte Moderna de 1922

Monólogo escrito por Tereza Freire tem a atriz Thais Aguiar (foto) no papel de Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, revela o resultado de uma investigação dos destroços mais profundos e pouco conhecidos da história da militante política e cultural, e uma das pioneiras do feminismo no Brasil.

Patrícia Redher Galvão (PAGU) nasceu em São João da Boa Vista (09/06/1910), morreu em Santos (12/12/1962). Foi autora do primeiro romance proletário brasileiro (Parque Industrial) e a primeira presa política deste país. Casada com Oswald de Andrade, destacou-se significativamente no movimento Modernista de 1922. Ainda jovem, trabalhou em fábricas e militou pelo Partido Comunista.

Escreveu contos policiais publicados pela revista Detective, dirigida pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, que depois (1998) foram reunidos na obra Safra Macabra. Em trabalhos, junto a grupo teatrais, revelou e traduziu grandes autores, até então inéditos no Brasil, como James Joyce, Eugène Ionesco, Arrabal e Octavio Paz.

Fundou um jornal de esquerda com Oswald de Andrade, empastelado pela policia repressora da época. Foi perseguida pela ditadura Vargas. Militou na França, foi presa e deportada para o Brasil. Antes, presenciou a coroação do Imperador Pu Yi, da Manchúria. Presa em 1935, permaneceu encarcerada por 5 anos. Foi torturada e, somente libertada por motivos de doença, pesando cerca 40kg.

Caiu no esquecimento da história oficial até que Augusto de Campos publicou sua antologia poética e “gritou”: Quem resgatará Pagu?

No ano em que a Semana de Arte Moderna de 1922 celebra seu centenário, diversas homenagens revivem esse marco na história política e cultural de São Paulo. Uma delas tem sido preparada há mais de dois anos, com algumas pausas devido à pandemia, por Roberto Lage. O Diretor foi convidado pela atriz Thais Aguiar para materializar a musa modernista no espetáculo “Dos Escombros de Pagu”, um texto de Tereza Freire.

Divulgação: Isabella Guslinski

O espetáculo começará sua trajetória na Oficina Cultural Oswald de Andrade,  de 14 a 19 de fevereiro, inaugurando a sala de espetáculos Patrícia Rehder Galvão.

É impressionante como a história de Pagu ainda faz uma provocação extremamente atual sobre a luta por justiça social e retomando uma cultura de papel transformador. As pessoas poderão vivenciar uma jornada cheia de detalhes para entender toda a complexidade dessa personalidade.

“Dos Escombros de Pagu” fica em cartaz no Oficina Cultural Oswald de Andrade – Sala Patrícia Redher Galvão (Rua 3 Rios no Bairro de Bom Retiro/SP) a partir de 14 de fevereiro, de Segunda a Sexta 20h e Sábado 18h.

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