Sexta-feira, Dezembro 19, 2025

Exportações crescem 27,5% e superávit da região de São João supera US$ 500 milhões

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Rafael Arcuri
Rafael Arcuri
Rafael é o fundador e responsável pelo Jornal Fala São João, presente desde sua criação em 2012. Com uma atuação destacada no jornalismo, Rafael já publicou mais de 6.000 artigos, cobrindo uma ampla gama de assuntos, como notícias de última hora, ocorrências policiais e análises políticas, sempre comprometido em informar e conectar a comunidade de São João da Boa Vista e região.

As exportações da região de São João da Boa Vista alcançaram US$ 694,7 milhões entre janeiro e novembro de 2025, registrando crescimento de 27,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No sentido oposto, as importações somaram US$ 160,7 milhões, com retração de 5,6%. O resultado levou o superávit da balança comercial regional a US$ 534 milhões, avanço de 42,5% na comparação anual, reforçando a força da economia local no comércio exterior.

O desempenho expressivo foi impulsionado principalmente pelo agronegócio, com destaque para café, chá, mate e especiarias, responsáveis por 72,3% do valor exportado. Também tiveram participação relevante os embarques de animais vivos (6,6%) e de produtos químicos inorgânicos (4%). Já entre as importações, os principais itens foram máquinas e equipamentos mecânicos (30,2%), leite, laticínios e ovos de aves (21%) e máquinas e materiais elétricos (13,5%).

No cenário internacional, a Alemanha se consolidou como o principal destino das exportações da região, concentrando 22% do total vendido ao exterior. Em seguida aparecem Itália (10,5%) e Estados Unidos (8,9%). Do lado das compras externas, a China liderou como principal origem das importações (32%), seguida por Estados Unidos (18,5%) e Argentina (9,4%).

Segundo o vice-diretor do Ciesp São João da Boa Vista, Adriano Alvarez, os números refletem uma combinação de fatores estruturais e conjunturais. A região vem se beneficiando da forte demanda internacional, especialmente pelo café, que responde por mais de 70% das exportações, além da competitividade produtiva brasileira e de condições logísticas favoráveis. Ele ressalta ainda que o cenário externo recente, com redução de barreiras comerciais e sobretaxas sobre produtos nacionais, contribuiu para o avanço dos negócios no último trimestre do ano.

Para Alvarez, a diversidade das atividades produtivas regionais — que engloba café, agroindústria, setor químico e outros segmentos — reforça o protagonismo de São João da Boa Vista no comércio exterior paulista. “É uma somatória de competências que mantém a região preparada, capitalizada e com potencial para ampliar ainda mais sua presença no mercado internacional”, avalia.

O levantamento do Ciesp, elaborado com base em dados do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex/Fiesp), considera todos os municípios que integram a Diretoria Regional de São João da Boa Vista: Aguaí, Águas da Prata, Cajuru, Caconde, Casa Branca, Cássia dos Coqueiros, Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Itobi, Mococa, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio do Jardim, São Sebastião da Grama, São José do Rio Pardo, São João da Boa Vista, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul.

Desempenho por cidade

São José do Rio Pardo lidera as exportações regionais, com US$ 268 milhões vendidos ao exterior e superávit comercial de US$ 255,6 milhões. Alemanha, Itália, Estados Unidos, Japão e Países Baixos (Holanda) foram os principais destinos, sobretudo de café, chá, mate e especiarias.

Na segunda posição aparece Espírito Santo do Pinhal, que exportou US$ 234,7 milhões em 2025 e importou US$ 23,4 milhões, alcançando superávit de US$ 211,3 milhões. O café também é o principal produto do município, com vendas para países como Alemanha, Itália, Argentina, Rússia, Estados Unidos, Espanha e Bélgica.

São João da Boa Vista exportou US$ 73,2 milhões no período, com destaque para café, chá, mate e especiarias (46,2%), além de produtos químicos inorgânicos e compostos de metais preciosos ou terras raras (38,1%) e máquinas e materiais elétricos (7,7%). Os principais destinos foram Estados Unidos, Alemanha, Itália, Argentina, México e Bélgica. As importações somaram US$ 16,6 milhões, resultando em superávit de US$ 56,6 milhões.

Santa Cruz das Palmeiras aparece na sequência, com US$ 45,7 milhões exportados e US$ 27,4 milhões importados, gerando superávit de US$ 18,3 milhões. O município se destaca na exportação de animais vivos para países da América do Sul.

Mococa ocupa a quinta posição no ranking regional, com US$ 18 milhões em exportações e US$ 8,7 milhões em importações, alcançando superávit de US$ 9,3 milhões. Os principais produtos vendidos ao exterior foram café, preparações à base de cereais e leite e laticínios, com compradores em países como Chile, Estados Unidos e Alemanha.

Santa Rosa de Viterbo registrou US$ 12,8 milhões em exportações, principalmente de produtos químicos orgânicos, destinados a mercados como Argentina, Uruguai, México, África do Sul e Vietnã. Casa Branca exportou US$ 7,7 milhões, com destaque para plantas vivas, produtos de floricultura, borracha e máquinas industriais.

Aguaí somou US$ 3,3 milhões em exportações em 2025, com foco em móveis, mobiliário médico-cirúrgico, colchões e equipamentos de iluminação, enviados a países da América Latina e da Europa. Por fim, Vargem Grande do Sul exportou cerca de US$ 800 mil nos nove primeiros meses do ano, com vendas de café e equipamentos industriais para países como Argentina, Paraguai, Estados Unidos e Bolívia.

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