A cidade de São João da Boa Vista iniciou nesta semana uma ampla frente de serviços de recapeamento e tapa-buracos, após a reativação da usina asfáltica da Prefeitura. O equipamento, que estava parado desde 2020 por falta de manutenção, volta a funcionar com capacidade para produzir entre 10 e 20 toneladas de massa asfáltica por hora, totalizando até 160 toneladas em uma jornada de 8 horas.
Com a retomada da operação, o município passa a realizar internamente os reparos no pavimento, garantindo mais rapidez nas intervenções, redução de custos e melhora na circulação urbana, especialmente em vias com grande fluxo de veículos. Segundo o Departamento de Obras e Serviços Públicos, uma equipe de seis servidores será responsável pela aplicação do material ao longo dos próximos dias.
Critérios de execução e prioridades
A escolha das vias seguirá critérios técnicos, começando pelos pedidos registrados na Ouvidoria e pelas ruas com maior movimentação. Na sequência, as equipes avançam bairro a bairro, priorizando tapa-buracos e pequenos recapes. A Prefeitura ressalta que, neste momento, não há previsão para recapeamentos completos, mas a atuação constante deve reduzir riscos de acidentes, melhorar a mobilidade urbana e evitar danos em veículos.
Investimento e economia para os cofres públicos
Para colocar a usina novamente em operação, o município realizou um investimento estratégico em manutenção, contratou empresa especializada para ajustes e adquiriu insumos essenciais. A produção utiliza CAP 30/45, ligante de alta resistência indicado para vias de tráfego intenso e regiões de temperaturas elevadas — material que contribui para maior durabilidade do asfalto e reduz a necessidade de intervenções frequentes.
A volta da produção própria também representa um ganho importante em economia. Enquanto o custo interno é de cerca de R$ 514 por tonelada, valores pagos anteriormente a terceirizadas chegavam a R$ 607,68, podendo alcançar R$ 700, conforme cotações recentes. Apenas com os serviços de tapa-buracos, cuja demanda mensal é estimada em 120 toneladas, a economia ultrapassa R$ 11 mil por mês, representando quase R$ 135 mil ao ano.
Com a reativação da usina, São João da Boa Vista passa a ter mais autonomia, eficiência e controle sobre as obras de manutenção viária, garantindo um pavimento mais seguro, resistente e com melhor custo-benefício para a população.