Ser mãe é uma das experiências mais desafiadoras e gratificantes da vida. No entanto, quando a criança tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), as demandas emocionais e físicas do cuidado podem se tornar ainda mais desafiadoras. Como psicóloga, tenho visto muitas mães que cuidam de crianças com TEA sofrendo de exaustão emocional, estresse e sentimentos de isolamento e solidão.
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As mães que cuidam de crianças com TEA têm que lidar com demandas intensas de cuidado e atenção. Eles podem precisar gerenciar comportamentos difíceis, como comportamentos agressivos, crises de ansiedade e dificuldades de comunicação. Além disso, as mães podem precisar lidar com as implicações emocionais e financeiras do diagnóstico, incluindo a busca por terapias e serviços médicos especializados.
Infelizmente, muitas vezes essas mães não recebem o apoio emocional e prático que precisam. Elas podem sentir que suas necessidades são negligenciadas ou que são julgadas pelos outros. Isso pode levar a sentimentos de isolamento, ansiedade e depressão.
Como psicóloga, acredito que é importante reconhecer e validar as experiências das mães que cuidam de crianças com TEA. Escutar o lado materno também nos ajuda a entender o ambiente familiar do pequeno, a rotina, os hábitos da família e as dificuldades enfrentadas no dia a dia, essas mães precisam de um espaço seguro para compartilhar suas preocupações e emoções, bem como acesso a recursos práticos e emocionais.
Além disso, é crucial que as mães de crianças com TEA também tenham acesso a serviços e recursos para seus filhos, como terapia ocupacional, fonoaudiologia e educação especial. Esses serviços podem ajudar as crianças com TEA a desenvolver habilidades sociais e de comunicação, bem como a lidar com desafios comportamentais.
Além de garantir que a criança receba o tratamento adequado, as mães também precisam cuidar de si mesmas. Isso inclui praticar o autocuidado, que envolve atividades que promovem o bem-estar físico e emocional, como exercícios físicos, alimentação saudável e hobbies que proporcionem prazer e relaxamento.
A rede de apoio é fundamental como suporte do pai da criança e de outros membros da família e amigos próximos. A rede de apoio pode oferecer suporte emocional, ajudar com tarefas cotidianas e dar espaço para que a mãe possa cuidar de si mesma. Por fim, é importante que as mães de crianças com TEA também sejam cuidadas e apoiadas. Elas precisam de tempo para si mesmas e para cuidar de sua saúde mental e física. A busca por ajuda profissional, como terapia, pode ser uma boa opção para lidar com as demandas emocionais da maternidade e do cuidado com uma criança com TEA.