Ziraldo Alves Pinto, reconhecido como jornalista, cartunista e escritor, faleceu neste sábado (6), aos 91 anos. Ele deixou um legado marcante na literatura infantojuvenil brasileira, sendo o autor de obras consagradas que cativaram leitores de diferentes gerações. O Instituto Ziraldo confirmou seu falecimento, no entanto, a causa não foi divulgada.
Ziraldo possuía uma extensa gama de habilidades profissionais, atuando como cartazista, chargista, quadrinista, dramaturgo, entre outros. No entanto, sua marca principal residia na influência e relevância que exercia nas artes gráficas do Brasil. Além de ter criado personagens icônicos como o Menino Maluquinho e Flicts, foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, reconhecido como um símbolo de resistência cultural durante os anos finais da ditadura militar.
Nascido em Caratinga, Minas Gerais, em 24 de outubro de 1932, Ziraldo demonstrou interesse pelas artes desde a infância, iniciando sua jornada como caricaturista aos seis anos de idade. Seu envolvimento com histórias em quadrinhos, influenciado por obras como “Flash Gordon” e “O Fantasma”, culminou na criação de personagens e revistas de sucesso, como a “Turma do Pererê”.
Ao longo de sua carreira, Ziraldo também deixou sua marca na literatura infantil, lançando obras como “Flicts” e “O Menino Maluquinho”, esta última se tornando um fenômeno editorial com milhões de exemplares vendidos e diversas adaptações para o cinema. Sua habilidade em escrever para crianças era destacada pela capacidade de despertar identificação e emoção nos leitores.

Além de sua contribuição para a literatura e as artes gráficas, Ziraldo também se destacou por suas charges políticas, que frequentemente geravam reações dos retratados e do público em geral. Sua trajetória artística foi marcada por diversos prêmios e reconhecimentos, além de sua participação em projetos culturais e exposições que visavam preservar seu legado.
Nos últimos anos, Ziraldo enfrentou problemas de saúde, incluindo um infarto leve em 2013 e um acidente vascular cerebral em 2018. Seu falecimento foi confirmado por sua sobrinha, Adriana Lins, ocorrido em seu apartamento na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, às 14h30. Sua presença e contribuição para as artes brasileiras serão lembradas e celebradas por muitas gerações.
