Sábado, Janeiro 18, 2025

Espetáculo Gratuito “Mirar: Quando os Olhos se Levantam” Acontece no Dia 01/06 às 20h no Theatro Avenida em Espírito Santo do Pinhal

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Rafael Arcuri
Rafael Arcuri
Rafael é o fundador e responsável pelo Jornal Fala São João, presente desde sua criação em 2012. Com uma atuação destacada no jornalismo, Rafael já publicou mais de 6.000 artigos, cobrindo uma ampla gama de assuntos, como notícias de última hora, ocorrências policiais e análises políticas, sempre comprometido em informar e conectar a comunidade de São João da Boa Vista e região.

O que pulsa a América Latina? É sobre esta pergunta que o Coletivo Labirinto se debruçou durante o processo de criação do seu mais recente espetáculo, buscando rotas cênicas para discussão, reelaboração, luta e presença em nosso continente. Após uma série de trabalhos teatrais com textos elaborados além das fronteiras brasileiras – como dramaturgias da Argentina, Uruguai e Chile – o Labirinto aborda em “MIRAR…” tentativas de se (auto)reconhecer nas palavras, limites, histórias, dores, cores e sabores deste corpo e chão comuns que são nosso continente.

Durante o primeiro semestre de 2024, a peça circula por cidades do interior de São Paulo, graças ao projeto aprovado no Edital PROAC 02/2023. Também faz parte do projeto a oficina intitulada “Mirando um teatro político: a América Latina como caminho”, oferecida nas cidades de São José do Rio Preto, Tatuí e São Paulo, ministrada pelos integrantes do Coletivo Labirinto, de forma presencial, sobre os procedimentos criativos e a pesquisa do grupo acerca da dramaturgia latino-americana contemporânea. A participação no workshop é gratuita, aberta ao público interessado, e as informações de inscrição podem ser obtidas no perfil do Coletivo Labirinto no Instagram (@coletivo.labirinto) ou no local onde a peça será apresentada.

O espetáculo MIRAR: QUANDO OS OLHOS SE LEVANTAM tem texto e direção de Jé Oliveira, com elenco formado pelos artistas-criadores Abel Xavier, Carol Vidotti, Emilene Gutierrez e Lua Bernardo (musicista).

Sinopse
Quatro caminhantes percorrem lugares e histórias da América Latina em uma busca por pertencimento. O espetáculo utiliza expedientes contemporâneos para revelar o lastro da colonização, celebrar a potência da diversidade dos povos e refletir sobre aspectos contraditórios do nosso continente, mirando além das fronteiras.

O objeto disparador do processo criativo do espetáculo foi o livro “Crônicas de Nuestra América”, escrito por Augusto Boal e publicado em 1977. A obra reúne dez crônicas que versam sobre situações, ambiências e personagens tipicamente latino-americanas, observadas e colhidas pelo diretor e dramaturgo desde sua saída do Brasil em 1971, reflexo do endurecimento da ditadura militar em nosso país. Em diálogo com o contexto e conteúdo da obra de Boal, o Coletivo Labirinto propôs, durante o processo de criação deste espetáculo, um passeio pelas atuais crônicas deste continente tão cheio de saques históricos, personalidade e contradições. A América Latina da década de 1970 em contato com os tempos atuais.

Para esta jornada, o Coletivo encontrou na parceria com o diretor e dramaturgo Jé Oliveira uma potente interlocução acerca de debates e necessidades estéticas e sociais, desenvolvendo conjuntamente um esquema de trabalho fortemente colaborativo e politicamente sensível.

Em sala de ensaio, toda a equipe artística desenvolveu uma série de procedimentos improvisacionais e de composição cênica que levantaram temáticas, caminhos dramatúrgicos e de encenação. O resultado é um espetáculo que mistura códigos expressivos baseados na relação com o espaço poético, musicalidade e símbolos visuais latinos, e com a palavra na fronteira entre a postura épica e a vocação lírica. Tudo isso com vistas ao encontro de uma América Latina viva, diversa, corajosa e, espera-se, um pouco mais consciente. Quatro artistas em cena, outros tantos no processo criativo, e um desejo de lançar olhares mais adiante, mesmo que para dentro.

Desde sua fundação em 2013, o Coletivo Labirinto pesquisa as relações das pessoas com seu panorama social através da dramaturgia latino-americana contemporânea. Neste trabalho, a noção de sujeito e dramaturgia se volta para nós mesmos, brasileiras e brasileiros, ensaiando uma viagem e uma investigação sobre o que é ser latino-americano. Apostando no tenso limiar entre a necessidade da denúncia e a carência do anúncio, o teatro é, mais do que nunca, um lugar de onde se mira.

Palavras do diretor e dramaturgo
“Partindo de provocações cênicas com base, num primeiro momento, no livro “Crônicas de Nuestra América”, escrito por Augusto Boal no exílio em 1971, o processo criativo levantou cenas que buscassem um mapeamento de acontecimentos sínteses de uma relação verificável e sintomática do nosso modo de se portar no continente latino-americano. Alguns lugares da América do Sul nos conduzem geograficamente por encontros com pessoas reais e ficcionalizadas, na intenção de refletirmos sobre a nossa contraditória condição de potencialidades humanas e saques históricos, fruto da colonização e genocídio dos povos originários presentes em nosso continente. Em diálogo e como complemento destes primeiros expedientes, foram investigados também dispositivos contemporâneos que contivessem um poder de síntese capaz de auxiliar na explicitação dos nossos posicionamentos críticos perante os entendimentos e impasses da nossa atual situação artística, social e política. “MIRAR: QUANDO OS OLHOS SE LEVANTAM” busca, desta forma, reconhecer, integrar e efetivar, seja no campo do simbólico ou no campo concreto das possibilidades, um movimento de “tirar os olhos do Atlântico”, assim como quem busca contato, erguendo as vistas, mirando e elaborando um gesto cênico de ação para a construção de um pertencimento mais efetivo. Vislumbramos e buscamos, com base nas proposições cênicas deste trabalho, uma possibilidade de futuro menos móvel e mais integrado com a potência dos povos que integram a nossa América Latina.” – Jé Oliveira.

O Coletivo Labirinto (Abel Xavier, Carol Vidotti, Emilene Gutierrez e Wallyson Mota), que em 2023 comemorou 10 anos de existência, dedica-se à pesquisa e criação cênica. Surgido no ano das emblemáticas manifestações políticas pelo preço do transporte público (que logo em seguida se pasteurizaram em reivindicações genéricas e pouco objetivas), acompanhou a transformação dos processos sociais no Brasil e testemunhou o avanço das pautas neoliberais e a discussão um tanto incerta sobre os rumos políticos do país.

O grupo pôde, com isso, perceber semelhanças entre essa trajetória e a de seus países vizinhos – com disputas políticas igualmente polarizadas, avanço de medidas econômicas similares e o crescimento de um pensamento conservador também assentado na moral. Dessas observações e vivências – no cotidiano e nas suas ações criativas -, conseguiu amadurecer a necessidade de entender-se como brasileiro e latino-americano, não uma coisa pela outra.

Duração
75 min

Classificação
14 anos

Ficha Técnica

  • IDEALIZAÇÃO E REALIZAÇÃO: Coletivo Labirinto
  • DIREÇÃO, DRAMATURGIA E TEXTOS: Jé Oliveira
  • ARTISTAS CRIADORES: Abel Xavier, Carol Vidotti, Emilene Gutierrez e Lua Bernardo (musicista)
  • ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Éder Lopes
  • INTERLOCUÇÃO ARTÍSTICA: Georgette Fadel e Wallyson Mota
  • DIREÇÃO MUSICAL: Maria Beraldo
  • VÍDEOS E PROJEÇÕES: Laíza Dantas
  • ILUMINAÇÃO: Wagner Antônio
  • FIGURINO: Éder Lopes
  • TEXTO ÁUDIO: Abel Xavier e Jé Oliveira
  • OPERADORA DE LUZ: Aline Sayuri
  • OPERADOR DE SOM E PROJEÇÃO: Tomé de Sousa
  • INTÉRPRETE DE LIBRAS: Jéssica Pereira
  • DESIGNER GRÁFICO: Emilene Gutierrez
  • WORKSHOP: Coletivo Labirinto
  • FOTOS: Mayra Azzi
  • ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO: Éder Lopes
  • PRODUÇÃO EXECUTIVA: Coletivo Labirinto
  • DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Carol Vidotti

Serviço

  • APRESENTAÇÃO “MIRAR: QUANDO OS OLHOS SE LEVANTAM”
  • Dia 01/06 (sábado) às 20h
  • Theatro Avenida
  • Endereço: Avenida Oliveira Motta, 50, Esp. Santo do Pinhal/SP
  • Gratuito

Mais informações em: www.coletivolabirinto.com.br
Instagram: @coletivo.labirinto

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