ma confusão grave envolvendo violência escolar aconteceu na Escola Municipal Sarah Salomão, no Jardim Primavera, em São João da Boa Vista. Uma mulher de 36 anos deverá ser indiciada pelos crimes de lesão corporal e ameaça após agredir o diretor da unidade, causando ferimentos no rosto do servidor público. O episódio ocorreu na tarde de quinta-feira (28) e mobilizou toda a comunidade escolar.
O episódio
Segundo apurado, o diretor estava na cozinha da escola quando foi chamado pela secretária, que informou que uma mãe queria falar com ele. A desavença começou porque o filho da mulher não poderia participar de um passeio escolar, já que não havia apresentado o comprovante de vacinação contra febre amarela, requisito obrigatório para atividades externas.
A mãe do aluno estava alterada e, sem justificativa, agrediu o diretor com uma camiseta enrolada no punho, atingindo seu rosto e quebrando os óculos, o que causou um corte. Durante o episódio, ela o ameaçou dizendo: “Não tenho medo de você, sou dona do bairro. Sou artigo 121”, referindo-se ao Código Penal que trata de homicídio.
Funcionários presentes conseguiram isolar o diretor em uma sala, mas ele ainda levou um chute na perna, ação registrada por câmeras de segurança.
Outras vítimas
Além do diretor, a acusada ameaçou a vice-diretora e agrediu uma cuidadora e um zelador que estavam no local. Ao perceber a chegada da Polícia Militar, a mulher pulou o portão da escola e fugiu. As vítimas registraram boletim de ocorrência relatando todos os ataques.
Manifestação contra violência
Em protesto pacífico, servidores da Escola Municipal Sarah Salomão realizaram uma manifestação na sexta-feira (29), em apoio às vítimas e para conscientizar a população sobre a necessidade de segurança nas escolas.
Medidas adotadas
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais repudiou a agressão e entrou em contato com a Secretaria de Educação. A diretora da pasta, Maria Helena Angelini Santana, acionou o Conselho Tutelar e solicitou à Polícia Militar reforço nas rondas escolares. O sindicato se colocou à disposição da escola para oferecer apoio e garantir condições seguras de trabalho para os servidores.
Depoimento do diretor
O diretor da escola afirmou que jamais imaginou passar por situação semelhante em seus 14 anos de carreira:
“Fiquei atordoado na hora porque não acreditava no que estava acontecendo. Já trabalhei em escolas públicas, privadas, técnicas e dou aula em universidade. Dediquei minha vida à educação. Amo minha escola, meus funcionários e meus alunos. Jamais achei que algo assim poderia acontecer.”
Ele finalizou pedindo que a agressora se conscientize e que episódios como esse não se repitam:
“A única coisa que eu gostaria é que ela não repetisse essa violência de graça com outra pessoa.”
A Polícia segue investigando o caso, e a mãe do aluno poderá responder criminalmente pelos atos cometidos.