Sexta-feira, Junho 20, 2025

Advogado do vereador Carioca tem contrato suspenso pela Câmara após recomendação do Ministério Público

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Rafael Arcuri
Rafael Arcuri
Rafael é o fundador e responsável pelo Jornal Fala São João, presente desde sua criação em 2012. Com uma atuação destacada no jornalismo, Rafael já publicou mais de 6.000 artigos, cobrindo uma ampla gama de assuntos, como notícias de última hora, ocorrências policiais e análises políticas, sempre comprometido em informar e conectar a comunidade de São João da Boa Vista e região.

Atuação gratuita na campanha e contrato sem licitação geram suspeitas e recomendação do MP para suspensão imediata.

Na última segunda-feira (26), a Câmara Municipal decidiu suspender o contrato com o advogado Marcelo DeLuca Marzocchi, figura conhecida por sua atuação próxima ao vereador Carioca (Republicanos), atual vice-presidente do Legislativo. O contrato, firmado em 17 de fevereiro, com vigência prevista de um ano, tinha valor total de R$ 84 mil e previa a prestação de “serviços técnicos especializados na área da advocacia”.

O que chama atenção, e que gerou grande estranheza nos bastidores políticos, é que Marzocchi vinha atuando gratuitamente para o vereador desde antes a campanha eleitoral que culminou na sua eleição para o cargo, o que levantou suspeitas quanto à real natureza do posterior contrato fechado sem licitação. Essa transição, de advogado voluntário na campanha para contratado oficial da Câmara, foi vista por muitos como um possível artifício para burlar a obrigatoriedade de processos licitatórios, configurando um cenário controverso e que justificou a atuação do Ministério Público.

Suspensão imediata do contrato

O MP, por meio do promotor André Pereira Melo, recomendou a suspensão imediata do contrato, apontando indícios claros de “grave e documentado conflito de interesses”, além de possíveis irregularidades que podem levar a responsabilização por improbidade administrativa. Segundo o promotor, a atuação do advogado estaria ligada a processos civis vinculados ao mandato anterior do vereador, o que, somado à relação pessoal, reforça o quadro suspeito. A recomendação inclui ainda a possibilidade de ajuizamento de ação civil pública com pedido de tutela de urgência.

Versão do Adevogado

Marzocchi, por sua vez, afirma estar sendo vítima de perseguição política e alega que sua atuação nos processos indicados pelo MP ocorreu antes da assinatura do contrato, insistindo que não há conflito de interesses, já que sua atuação estaria limitada à homologação de acordos civis. O advogado negou ainda a prática de outras atividades advocatícias dentro do município e criticou duramente a decisão: “O conflito de interesses é evidente, mas em nenhum momento especificado. Violaram o direito de defesa antes mesmo de ouvir minha parte”, declarou.

Ainda assim, a controvérsia permanece, e a suspensão do contrato deixa claro que a Câmara, em xeque pelo Ministério Público e pela opinião pública, precisará revisar com atenção suas práticas para evitar questionamentos que atinjam a lisura dos processos administrativos.

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