Terça-feira, Junho 17, 2025

Novo golpe do Pix promete renda extra por tarefas online em grupo do Telegram; veja cuidados

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Rafael Arcuri
Rafael Arcuri
Rafael é o fundador e responsável pelo Jornal Fala São João, presente desde sua criação em 2012. Com uma atuação destacada no jornalismo, Rafael já publicou mais de 6.000 artigos, cobrindo uma ampla gama de assuntos, como notícias de última hora, ocorrências policiais e análises políticas, sempre comprometido em informar e conectar a comunidade de São João da Boa Vista e região.

Golpistas têm utilizado o Pix como isca para enganar vítimas nas redes sociais, oferecendo dinheiro fácil em troca de tarefas simples. Conhecido como o “golpe da renda extra,” esta prática tem se espalhado rapidamente e requer atenção redobrada dos usuários.

O Modus Operandi do Golpe:

Os criminosos abordam suas vítimas através do WhatsApp, apresentando-se como representantes de uma empresa especializada em avaliações e curtidas. Uma vez que a vítima demonstra interesse, ela é conduzida a grupos no Telegram, que aparentam ter milhares de membros e contam com relatos fictícios de experiências bem-sucedidas.

Dentro desses grupos, a vítima começa a receber solicitações dos golpistas, que incluem curtir vídeos, seguir perfis e avaliar estabelecimentos. Em troca, os participantes recebem quantias modestas, geralmente entre R$ 10 e R$ 20, após cumprir determinado número de tarefas.

No entanto, a mecânica do golpe muda abruptamente após as primeiras tarefas. Os golpistas exigem que o usuário faça um “investimento” para continuar participando das atividades. Os valores solicitados variam de R$ 120 a R$ 1.000, com promessas de retornos entre 30% a 100% do valor investido, conforme relatado por uma das vítimas.

Uma vez que a vítima transfere o dinheiro através do sistema Pix, ela é bloqueada pelos administradores do grupo e perde todo contato com eles.

Como os Golpistas Obtem os Dados:

Segundo o advogado especializado em direito digital, Luiz D’Urso, os criminosos podem obter os números de telefone das vítimas em bancos de dados que foram expostos. “São milhares de números, eles escolhem alguns aleatoriamente e disparam mensagens”, explica.

Um jovem auxiliar de escritório, de 27 anos, que preferiu manter sua identidade anônima, compartilhou sua experiência. Ele recebeu uma mensagem de supostos representantes de uma empresa chamada Nustream, que se apresentava como “especialista em criptomoedas.” Após ser adicionado a um grupo no Telegram com mais de 2.000 membros, percebeu que todos eram robôs.

Sem suspeitar, ele realizou tarefas em troca de pequenas quantias, entre R$ 10 e R$ 16. Contudo, após cumprir algumas tarefas, os golpistas exigiram “investimentos” cada vez maiores, até que o jovem transferiu R$ 1.728 e foi posteriormente pressionado a investir mais R$ 2.800, sob a ameaça de perder todo o dinheiro caso não completasse a última tarefa.

Como se Proteger e Agir em Caso de Golpe:

Se você cair em um golpe como este, é importante agir rapidamente. Para solicitar o estorno de um Pix realizado de forma fraudulenta, você pode acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central (BC) para ajudar vítimas de golpes financeiros a recuperar seu dinheiro.

Para usar o MED, não é necessário fazer um boletim de ocorrência. Basta entrar em contato com o banco pelo telefone ou chat do aplicativo e relatar o incidente para iniciar o processo de estorno. As instituições financeiras geralmente levam até sete dias corridos para analisar o caso e, uma vez confirmado o golpe, o valor bloqueado será devolvido em até 96 horas.

Luiz D’Urso recomenda que as vítimas comuniquem imediatamente seus bancos, tanto o banco de onde o dinheiro saiu quanto o que recebeu a quantia. Ele enfatiza que os bancos têm responsabilidade nesses tipos de fraudes e são obrigados a ressarcir os consumidores, especialmente devido à falta de segurança na fiscalização dessas fraudes no sistema bancário.

Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), também destaca a importância de registrar reclamações não apenas contra as instituições financeiras, mas também contra as empresas responsáveis pelas redes sociais. Ela ressalta que é fundamental que as empresas rastreiem falsas empresas e contas-laranjas criadas por golpistas.

Amorim aconselha que as pessoas desconfiem de supostas oportunidades de ganhar dinheiro facilmente e alerta para os riscos éticos associados a essas fraudes, como emitir avaliações falsas sobre estabelecimentos ou produtos, prejudicando outros consumidores e impulsionando um comércio inexistente.

Em tempos de avanço tecnológico, a vigilância e a desconfiança são fundamentais para evitar cair em golpes como o da renda extra por tarefas online.

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