Acidente ocorreu em apartamento na praia da Enseada, no Guarujá.
Uma tragédia abalou a cidade de Casa Branca neste domingo (20), quando um tiro acidental tirou a vida da jovem Maria Eduarda Fardelone de Carvalho, de 25 anos, no Guarujá, litoral paulista. Envolvidos no acidente estão um policial militar de Casa Branca e uma servidora pública da prefeitura do município, ambos de folga.
De acordo com a Polícia Civil, um grupo de amigos havia alugado um apartamento no bairro da Enseada, no Guarujá, para passar o fim de semana. Na tarde de domingo, uma mulher, que não era a servidora pública, manuseou a arma do policial casa-branquense, de 28 anos, amigo dela, e acabou disparando acidentalmente. Maria Eduarda foi atingida no rosto e, apesar da rápida chegada do SAMU, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
O que disse a mulher que segurava a arma?
Segundo o boletim de ocorrência, a jovem responsável pelo disparo relatou que estava na sala com Maria Eduarda e o policial militar. Ela afirmou que não sabia que o policial estava armado, mas viu quando ele colocou a pistola na cintura, o que despertou sua curiosidade. Após pedir para ver a arma, o PM teria dito que era perigoso, mas, ainda assim, retirou as munições e entregou a arma para ela.
A mulher contou que Maria Eduarda também pediu para ver a pistola e, ao tentar entregá-la à amiga, acidentalmente disparou, sem saber que ainda havia um projétil na câmara.
O que disse o policial militar?
O policial casa-branquense negou ter entregado a arma à amiga. Em seu depoimento, afirmou que havia deixado a pistola sobre o sofá enquanto calçava os sapatos. Ele ouviu as jovens comentarem sobre a arma e, logo em seguida, o disparo. Quando olhou, viu Maria Eduarda caída no chão e a outra mulher jogando a arma no sofá.
O que disse a servidora da Prefeitura de Casa Branca?
Em depoimento à polícia, a servidora pública relatou que, no momento do acidente, estava no banho e ouviu o disparo, que inicialmente achou ser de fogos de artifício. Logo depois, foi chamada pela amiga e, ao sair, encontrou Maria Eduarda no chão em uma poça de sangue.
Crime
O caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. A pistola do policial foi apreendida. O PM foi preso e levado ao presídio militar na capital paulista. Já a mulher que manuseava a arma no momento do disparo foi presa em flagrante, mas liberada após pagar fiança de R$ 1,5 mil. Ela responderá ao processo em liberdade.