Neuralgia do trigêmeo: a doença incurável que transforma a vida de Edson Nora Gomes em um martírio
A cidade de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, testemunha o drama de Edson Nora Gomes, que luta há 10 anos contra a neuralgia do trigêmeo, uma das condições médicas mais dolorosas do mundo. Durante esse período, ele passou por 20 cirurgias, mas ainda enfrenta dores insuportáveis diariamente.
O início da luta: tumor no rosto e a descoberta da neuralgia do trigêmeo
Tudo começou quando Edson, aos 25 anos, precisou ser submetido a uma cirurgia para a retirada de um angiofibroma, um tumor facial raro. “Na retirada desse tumor, a reconstrução do rosto utilizou placas e parafusos, mas machucaram um nervo durante a cirurgia. E aí foi o início da luta contra a neuralgia do trigêmeo”, explica.
Desde então, sua vida se transformou em uma batalha constante contra a dor. Mesmo após 20 cirurgias, ele sobrevive apenas com um benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), insuficiente para custear um tratamento mais eficaz.
A dor insuportável e o impacto na qualidade de vida
Os efeitos das cirurgias que realizou foram apenas temporários. “A cirurgia que durou mais tempo foi um procedimento por balão, que me trouxe três meses de alívio. Sem dor, acredito que fiquei 30 dias, parecia que tinha renascido”, relata Edson.
Dormir tornou-se um desafio, e a cada dia ele busca forças na filha, Ana Beatriz Gomes, de 13 anos, para continuar.
“Quando vejo que não estou aguentando mais, eu peço a ela um abraço para me dar força e continuar lutando. Falo para ela que minha vontade é de parar, de não lutar mais, de desistir de tudo.”
O tratamento que poderia mudar sua vida custa R$ 90 mil
A neuralgia do trigêmeo não tem cura, e a melhor alternativa para Edson seria a implantação de uma bomba de morfina, um dispositivo que libera a medicação diretamente no sistema nervoso para reduzir as dores em até 90%.
Porém, o Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre esse tratamento, e o custo é de aproximadamente R$ 90 mil, valor inalcançável para ele.
“Ela é instalada na medula e seu dispositivo fica do lado da barriga. Essa bomba armazena morfina e a cada uma hora libera uma quantidade no organismo, mantendo a dor mais controlada”, explica.
A rotina de sofrimento: ida diária à UPA para receber morfina
Sem acesso à bomba de morfina, Edson precisa se deslocar duas vezes por dia até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São João da Boa Vista para receber a medicação na veia. O efeito, no entanto, é temporário, e o trajeto de volta para casa, muitas vezes sob sol escaldante, acelera a perda do efeito analgésico.
Como ajudar Edson Nora Gomes
Diante desse cenário, foi criada uma campanha para arrecadar fundos e possibilitar a compra da bomba de morfina. Quem puder contribuir pode acessar o link da campanha no Instagram:
➡️ Ajude Edson aqui (Link oficial).
“Estou esgotado e peço socorro às pessoas que podem ajudar. Estou no meu limite, não aguento mais. Eu só queria viver um pouco melhor para poder cuidar da minha filha, ela precisa de mim ainda. Eu só quero viver.”
