Patrimônio histórico, pesquisa acadêmica, digitalização de documentos e preservação cultural são os pilares que sustentam o trabalho do Arquivo Público e Histórico Matildes Rezende Lopes Salomão, que celebra em 2025 seu Jubileu de Prata. Com 25 anos de dedicação à memória de São João da Boa Vista, o espaço é referência regional para pesquisadores, historiadores e aposentados que buscam documentos oficiais, registros antigos, certidões e outros arquivos valiosos.
Desde sua criação em 2000, o Arquivo cresceu significativamente. Hoje, abriga mais de 10 mil documentos históricos — incluindo a ata mais antiga já encontrada na cidade, títulos eleitorais amplamente utilizados em processos de aposentadoria, registros paroquiais de 1842, fotografias raras, revistas, processos e livros de grande valor histórico. Entre os destaques está o acervo de registros de estrangeiros, digitalizado e disponibilizado online por meio de uma parceria com o Círculo Italiano de São João da Boa Vista.
A infraestrutura moderna oferece espaços organizados para pesquisa, com hemeroteca, biblioteca especializada, sala de documentos históricos e área de atendimento ao público. A consulta ao acervo pode ser feita mediante agendamento, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h.
Para marcar o aniversário de 25 anos, uma programação cultural especial será realizada em setembro, incluindo exposições temáticas, palestras e visitas guiadas. Um dos principais atrativos será a exibição da ata mais antiga do acervo, resgatando capítulos fundamentais da história sanjoanense.
A relevância do Arquivo é reconhecida por acadêmicos como o historiador Luis Pedro Dragão, doutorando pela USP, que afirma ter encontrado ali mais de 70% do material necessário para sua tese sobre a cidade. Para ele, a atuação da equipe e a qualidade do acervo tornam o espaço essencial para a produção científica.
Segundo Maria da Glória Medeiros Silva, chefe de seção do Arquivo, “mais do que armazenar documentos, nós preservamos histórias”, reforçando o papel do espaço na valorização da memória coletiva e da identidade local.
O Arquivo Matildes Salomão é exemplo de como investimento em cultura, acervo digital e preservação documental impactam diretamente na qualidade da informação disponível à população — seja para fins acadêmicos, históricos ou jurídicos.