A morte do advogado Marcelo Lombardi, de 45 anos, na região do Sacomã, Zona Sul de São Paulo, acende um alerta sobre os riscos da intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. Lombardi era dono de uma imobiliária familiar há 16 anos e vivia na região havia mais de três décadas.
Segundo familiares, ele passou mal após ingerir bebida alcoólica batizada e chegou a relatar perda súbita da visão antes de sofrer uma parada cardiorrespiratória. O atestado de óbito aponta como causa a intoxicação exógena por metanol, substância altamente tóxica usada em solventes, combustíveis e produtos de limpeza, mas que criminosamente vem sendo adicionada a bebidas clandestinas.
O advogado foi velado na noite de segunda-feira (29) em São Caetano do Sul e o sepultamento ocorre na manhã desta terça-feira (30), às 10h, em Santo André. A morte causou forte comoção entre amigos e familiares, que destacaram seu papel essencial na condução dos negócios da família. “Ele acordou sem visão. Perdemos a nossa base”, disse a irmã emocionada.
⚠️ Risco à saúde pública
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, a ingestão de metanol pode provocar cegueira irreversível, insuficiência renal, falência de múltiplos órgãos e até a morte. Os principais sintomas incluem:
- Sonolência, tontura, dor abdominal e confusão mental nas primeiras horas.
- Alterações visuais graves, convulsões e acidose metabólica nas 24h seguintes.
Casos suspeitos devem ser notificados imediatamente ao sistema de vigilância em saúde (CIEVS).
🚨 Investigação em andamento
A Polícia Civil investiga a origem das bebidas adulteradas consumidas por Lombardi e outras vítimas da Grande São Paulo. Até o momento, já são três mortes confirmadas por intoxicação por metanol na região.
As autoridades reforçam o alerta para que a população não consuma bebidas de origem duvidosa ou vendidas em estabelecimentos clandestinos, já que a adulteração com metanol não pode ser identificada pelo sabor, cheiro ou aparência.
