Operação Conexão Sul de Minas mira tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, roubo a bancos e crimes contra instituições financeiras
A Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Militar de Minas Gerais e o apoio da Polícia Rodoviária Federal, deflagrou na manhã desta quinta-feira (26/06) uma megaoperação policial para desarticular duas organizações criminosas atuantes em São Paulo e Minas Gerais. O esquema investigado movimentou mais de R$ 50 milhões em ativos ilícitos, oriundos de crimes como tráfico de drogas e armas, roubo a bancos, extorsão, receptação, lavagem de dinheiro e adulteração de veículos.
A ação batizada de Operação Conexão Sul de Minas cumpre 18 mandados de prisão temporária, 16 mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Alfenas (MG). Os mandados foram executados em diversos municípios do sul de Minas Gerais, bem como no interior de São Paulo, incluindo cidades como São João da Boa Vista, Mogi Guaçu, Ribeirão Preto e Altinópolis.
Esquema de lavagem de dinheiro com empresas de fachada e veículos de luxo
As investigações da PF, que duraram cerca de um ano, revelaram um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, com uso de empresas de fachada e laranjas para movimentar milhões em contas bancárias. Um dos principais meios utilizados era a compra e venda de veículos usados, muitos deles adulterados e revendidos com documentação fraudulenta.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos diversos bens de alto valor, incluindo veículos de luxo, imóveis, embarcações e quantias em dinheiro. Parte dos investigados também é suspeita de envolvimento em crimes patrimoniais contra instituições financeiras, o que levou à coleta de material genético para inclusão na Rede Integrada de Perfis Genéticos (RIBPG) do Ministério da Justiça.
Laboratório de refino de cocaína e reforço no combate ao crime organizado
Um dos principais alvos da operação foi a descoberta de um laboratório de refino de cocaína no município de Altinópolis (SP). O local servia para abastecer a rede de tráfico operada pelas quadrilhas, que mantinham ramificações em diversos estados.
A Polícia Federal reforça que o objetivo da operação vai além das prisões: visa sufocar financeiramente as organizações criminosas, por meio do bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens adquiridos com dinheiro ilícito.
A operação mobilizou 250 policiais federais e 80 policiais militares, além de equipes da inteligência da Polícia Rodoviária Federal, que auxiliaram no monitoramento de rotas utilizadas para o escoamento de drogas e armas.
Denúncias anônimas ajudam a combater o crime
A Polícia Federal destaca que a colaboração da população, por meio de denúncias anônimas, é fundamental para o combate ao crime organizado no Brasil. As informações podem ser repassadas de forma sigilosa pelos canais oficiais da corporação.



