Samu pode ser privatizado ou até extinto: risco para o atendimento de urgência na região.De 1 de janeiro até hoje, foram registrados 6.283 chamados, sendo 480 ALFA, que correspondem ao suporte avançado.
Preocupação com o Futuro do SAMU
Em reunião realizada nesta semana, o presidente do Conderg, Wanderley Borges (São João da Boa Vista), revelou que alguns prefeitos cogitam acabar com o SAMU – Serviço Móvel de Urgência, como ele funciona atualmente. A possibilidade de privatização ou mesmo de descontinuação do serviço gera preocupação sobre o futuro do atendimento de emergência na região.
Modelo de Financiamento e Repasses do Governo
O SAMU é um serviço federal mantido em parceria com os municípios. O Governo Federal repassa parte dos recursos e as prefeituras complementam o financiamento. Segundo as regras do Conderg, cada cidade paga um valor mensal baseado no número de habitantes. Os municípios conveniados também são responsáveis pela manutenção da frota de ambulâncias e pelo funcionamento das bases de atendimento.
Exemplo de São José do Rio Pardo
Atualmente, por exemplo, São José do Rio Pardo paga ao Conderg R$ 79.992,78, e tramita na Câmara Municipal uma proposta de aumento para R$ 84.812,36, o que corresponde a menos de R$ 2,00 por habitante. A cidade conta com duas ambulâncias: uma básica e outra avançada.
Dificuldades Financeiras e Propostas de Mudança
No entanto, de acordo com Wanderley Borges, alguns prefeitos alegam dificuldades financeiras e afirmam que o custeio do serviço se tornou “inviável”. Afirmam que não conseguem arcar com os custos por habitante, nem com a manutenção das ambulâncias e bases de atendimento. Como solução, parte dos gestores defende a municipalização do serviço de resgate, urgência e emergência, enquanto outros querem privatizar, seguindo o modelo já adotado para a contratação de médicos e serviços de unidades básicas de saúde.
Estudo sobre Privatização
Diante desse impasse, Wanderley Borges anunciou que o Conderg fará um estudo para avaliar a viabilidade de transferir a gestão do SAMU para uma OS – Organização Social, o que, na prática, representaria a privatização do serviço.
Histórico do SAMU Regional
Criado em 2012, o SAMU regional teve adesão progressiva de municípios. Inicialmente, a Central Regional atendia oito cidades: Vargem Grande do Sul, Espírito Santo do Pinhal, Santa Cruz das Palmeiras, Aguaí, Águas da Prata, Santo Antônio do Jardim, São João da Boa Vista e Tambaú. Ainda em 2012, São José do Rio Pardo aderiu ao serviço, instalando sua base junto ao Corpo de Bombeiros. Hoje, o SAMU atende também Divinolândia, Mococa e outras cidades da região.
Impactos da Privatização ou Extinção do SAMU
A possível privatização ou extinção do SAMU pode comprometer o atendimento de emergência, trazendo impactos graves para a população. A discussão está aberta, e os municípios precisam avaliar as consequências dessa decisão para garantir a manutenção de um serviço essencial para a saúde pública.
Texto de Rafael Arcuri com fonte: De Olho São José do Rio Pardo